quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Telescópio Herschel encontra moléculas de oxigênio no espaço


Moléculas foram encontradas em áreas de formações de estrelas.
Segundo a Nasa, é a primeira descoberta desse tipo no espaço.


O Observatório Espacial Herschel, uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA) e da agência espacial americana (Nasa), divulgou nesta segunda-feira (1º ) a primeira descoberta de moléculas de oxigênio no espaço.
Moléculas de oxigênio encontradas pelo telescópio Herschel na formação de estrelas Órion (Foto: JPL-Caltech/ESA/Nasa)Moléculas de oxigênio encontradas pelo telescópio Herschel
em Órion (Foto: JPL-Caltech/ESA/Nasa)
Segundo os pesquisadores, o telescópio encontrou as moléculas na nebulosa de Órion, presos em pequenas partículas de gelo ao redor de poeira espacial.
As moléculas teriam sido formadas depois que as estrelas aqueceram o gelo, liberando água, convertida em oxigênio.
Embora átomos de oxigênio individuais sejam comuns, especialmente ao redor de estrelas, moléculas como as da Terra ainda não haviam sido descobertas, segundo a agência americana.
“O oxigênio foi descoberto nos anos 1770, mas levamos mais de 230 anos para finalmente poder dizer com certeza que essa simples molécula existe no espaço”, afirmou Paul Goldsmith, cientista do projeto da Nasa no laboratório de Propulsão a Jato, em Pasadena, na Califórnia, que publicou os resultados da descoberta na revista especializada Astrophysical Journal.
Astrônomos procuraram por moléculas no espaço por décadas. O telescópio Odin encontrou a molécula em 2007, mas a descoberta não pôde ser confirmada.
“Isso explica onde parte do oxigênio estava escondido”, diz Goldsmith. “Mas nós não encontramos grandes quantidades, e ainda não entendemos o que há de tão especial sobre os lugares onde o encontramos. O Universo ainda esconde muitos segredos.”
O objetivo é continuar procurando por moléculas nas áreas de formações de estrelas. “O oxigênio é o terceiro elemento mais comum no Universo e suas moléculas devem ser comuns no espaço”, diz Bill Danchi, cientista da Nasa em Washington que trabalha no projeto. “O Herschel está fornecendo uma ferramenta poderosa para desvendar esse mistério.”
Gráfico ilustra onde os astrônomos encontraram as moléculas no espaço, na formação de estrelas Órion (Foto: JPL-Caltech/ESA/Nasa)Gráfico ilustra onde os astrônomos encontraram as moléculas no espaço, na nebulosa de Órion (Foto: Fonte G1

Astrônomos detectam vapor de água em disco de poeira ao redor de estrela


Descoberta foi feita com dados do Observatório Espacial Herschel.
Substância pode ser mais comum no universo do que se pensava.


Astrônomos detectam a presença de vapor de água em um disco de poeira ao redor de uma estrela a 175 anos-luz de distância da Terra. A descoberta foi divulgada na revista "Science" por pesquisadores que utilizaram dados do Observatório Espacial Herschel, da agência espacial europeia (ESA).
Segundo os especialistas, a estrela é jovem - possui "apenas" 10 milhões de anos de idade - e o anel de poeira ao seu redor pode dar origem a um conjunto de planetas no futuro. O astro está localizado na direção da constelação de Hidra.
Vapor de água não era novidade para os cientistas em áreas mais próximas das estrelas, porém nunca havia sido detectado nas partes mais externas dos discos de poeira.
A estrela de cor alaranjada é chamada TW Hydrae e possui um anel com diâmetro 200 vezes maior do que a distância da Terra ao Sol. Os indícios no círculo de poeira podem indicar que a água é muito mais comum no universo do que se pensava anteriormente.
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Imagem mostra como seria o disco de poeira com moléculas de água ao redor da estrela. (Foto: JPL-Caltech / Nasa)Imagem mostra como seria o disco de poeira com água ao redor da estrela. (Crédito: JPL-Caltech / Nasa)Fonte G1

Substância resulta de combustão incompleta, que forma fuligem.
Nasa divulga imagem do ‘black carbon’ envolvendo a Terra.
Do G1, em São Paulo


Foto: Nasa

O lado negro do carbono: BC entra no rol de gases-estufa, segundo pesquisas recentes (Foto: Nasa)

A Nasa, a agência espacial americana, divulgou nesta quarta-feira (16) imagem do planeta Terra envolto por carbono negro, componente da fuligem que, indicam estudos recentes, também contribui para o aquecimento global . O “black carbon” (BC) é constituído de partículas marrons originárias da combustão incompleta de madeira, biomassa e combustíveis fósseis.

O monóxido de carbono (CO), diferente do “primo” dióxido de carbono (CO2), não tem nenhuma participação no efeito estufa. Mas a forma impura de carbono (o carbono negro), tem.

Segundo a Nasa, a presença e o impacto do carbono negro são particularmente marcantes na Ásia. Nas grandes cidades, os aerossois BC afetam o sistema respiratório, levando elementos de diferentes graus de toxicidade até os pulmões.

Médicos americanos querem mudar legislação sobre produtos químicos


Universidade da Califórnia estuda vínculo com problemas reprodutivos.
Legislação dos EUA sobre controle de substâncias tóxicas é de 1976.


Puberdade e menopausa precoces, esterilidade... Médicos americanos suspeitam que os produtos químicos, onipresentes em nosso ambiente, são a causa de vários problemas de saúde, sobretudo reprodutivos, e querem mudar a legislação.



"Tenho tratado milhares de pacientes (...), entre os quais homens jovens com uma taxa de espermatozóides muito abaixo da normal ou com câncer de testículos; mulheres jovens, de 17 anos, já na menopausa, e meninas pequenas com sinais de puberdade aos seis ou oito anos" de idade, enumerou na semana passada a doutora Linda Giudice, durante entrevista coletiva.
"Cada vez há mais provas que mostram que contaminantes presentes no meio influem nesses problemas", disse Giudice, que chefia o departamento de obstetrícia e técnicas reprodutivas da Universidade da Califórnia, em San Francisco (UCSF, oeste dos Estados Unidos).
Junto com Tracey Woodruff, diretora do programa de saúde reprodutiva e meio ambiente da UCSF e Andy Igrejas, diretor da campanha da associação 'Safer Chemicals Healthy Families', Giudice faz um apelo à revisão da legislação americana sobre os produtos químicos, que data de 1976.
Segundo a associação, a lei Toxic Substances Control Act (TSCA) não é suficiente para impedir que os produtos químicos invadam os bens de consumo, mesmo quando existe uma relação comprovada com o aparecimento de câncer, asma, atrasos no aprendizado ou problemas reprodutivos.
De acordo com Giudice, a legislação não acompanhou a presença de produtos químicos no entorno, que se multiplicou por 20 desde 1945.
"Hoje, a exposição aos contaminantes está em todas as partes: no ar, na água, na comida, na bebida, nos cosméticos ou em artigos de farmácia, pesticidas, herbicidas e produtos cotidianos do lar", enumerou.
Alguns produtos foram proibidos há décadas, mas "permanecem na cadeia alimentar", explicou Woodruff. Outros estão presentes nos produtos de limpeza domésticos ou em outros produtos com os quais os consumidores têm contato diário.
Entre as mulheres estudadas, a grande maioria - cujos seios começaram a se desenvolver e tiveram a menarca (primeira menstruação) ainda muito jovens, algumas aos sete anos - apresentaram um nível elevado de substâncias químicas no organismo.
Outros estudos já estabeleceram vínculos entre os produtos químicos e uma série de doenças, da asma ao câncer, passando por problemas cardiovasculares.
Um estudo publicado em setembro na revista "Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine", da Associação Médica Americana, estabeleceu um vínculo entre taxas elevadas de colesterol nas crianças e um produto usado em antiaderentes por fabricantes de panelas e frigideiras para que a comida não grude.
Apesar de tantos indícios, em 34 anos de existência da lei TSCA, apenas cinco produtos químicos foram objeto de uma regulamentação e os projetos de lei apresentados este ano no Congresso para atualizá-la não tiveram continuidade, disse Igrejas.
Fonte G1

Partículas presentes em produtos químicos alteram cérebro, diz estudo


Nanopartículas de dióxido de titânio, utilizado em vários produtos, de tintas até cremes solares, podem alterar uma barreira essencial que protege o cérebro de elementos tóxicos, segundo estudo divulgado esta quarta-feira (26) na França.
Os resultados do estudo in vitro sugerem que a presença de nanopartículas de dióxido de titânio (TiO2) poderia ser a origem de uma inflamação cérebro-vascular, informou o Comissariado francês de Energia Atômica (CEA) em um comunicado.
A exposição crônica a estas nanopartículas "poderia dar lugar a um acúmulo no cérebro, com risco de perturbações de certas funções cerebrais", alertou o CEA.
Um estudo feito com ratos já tinha demonstrado em 2008, através de uma instilação nasal, ser possível detectar nanopartículas de dióxido de titânio no cérebro, particularmente no bulbo olfativo e no hipocampo, estrutura com papel chave na função da memória.
Os cientistas buscaram a explicação de como estas nanopartículas apareceram no cérebro, que é protegido de substâncias tóxicas por uma estrutura particular: a barreira hematoencefálica (BHE).
Equipes do CEA e da Universidade Joseph Fourier de Grenoble (sudeste da França) reconstituíram um modelo celular desta barreira protetora, associando células endoteliais (células da parede dos vasos sanguíneos), cultivadas em uma membrana semipermeável, e células gliais (do sistema nervoso).
Graças a este modelo, que contém as principais características da barreira hematoencefálica presente no homem, os cientistas mostraram que uma exposição in vitro aos nano-TiO2 provoca seu acúmulo nas células endoteliais. Isto implica também a ruptura da barreira de proteção, associada a uma inflamação.
A equipe constatou também uma redução da atividade de uma proteína (P-glicoproteína), que tem a função de bloquear toxinas suscetíveis de penetrar o sistema nervoso central, segundo os resultados deste estudo, publicados na edição online da revista Biomaterials.

Fonte G1

Facebook cresce seis vezes no Brasil e vê queda de rivais


Pesquisa diz que site tem 24,61% dos acessos a redes sociais no país.





A participação do Facebook nos acessos dos brasileiros a redes sociais ficou seis vezes maior em um ano, enquanto a os principais concorrentes diretos caíram. A informação é de uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (26) pela consultoria Experian.

De acordo com a empresa, em setembro de 2010 o Facebook recebia 3,92% dos acessos a redes sociais e fóruns no Brasil, índice que agora foi para 24,61% – a rede social abriu um escritório em São Paulo em agosto deste ano para reforçar essa tendência de crescimento.
Enquanto o isso, o Orkut, do Google, que ainda é líder, despencou de 59,91% dos acessos para 40,61%.
O YouTube, considerado pela Experian como rede social, também caiu, mas bem pouco: foi de 18,55% em setembro de 2010 para 17,80% agora. O site de vídeos do Google é seguido pelo Twitter, que também experimenta estagnação no Brasil: o serviço de microblogs tinha 2,68% no ano passado e agora está com 2,63%.
O Google+, nova rede social lançada em junho deste ano, aparece em nono lugar nessa lista, com 0,65%.
Fonte R7

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Como elaborar um artigo


Como elaborar um artigo
Obter um blog para começar a ter sucesso na internet parece ser uma tarefa bem simples só que na verdade não é tanto assim, antigamente as leis do Google e dasbuscas não eram tão severas com atualmente e sabemos que a maioria dos visitantes vêm deste buscador por isso é preciso se adequar as suas normas se não ficará bem complicado de conseguir se dar bem. Dentre as leis do Google existem as básicas e as complicadas de entender só que todas são relacionadas ao mesmo sentido, por exemplo, para conseguir aparecer nas buscas primeiramente é necessário cadastrar o nome do seu site para conseguir o seu espaço, depois tem que começar a encontrar temas que sejam bastante buscados na internet antigamente o Google fornecia junto com as sugestões a quantidade de vezes que o tema já foi buscado pelos usuários, mas atualmente não é assim você até vê em sequência quais são os dez primeiros mais acessados só que sem a quantidade de acessos que teve.
Para saber quais temas você vai escrever o ideal é começar a pesquisar bastante em outros sites como Globo, UOL, Terra e outros sobre os principais assuntos só não se apegue em notícias com frequência porque hoje elas podem dar audiência e logo mais a frente não vai ser tão vista assim pelas pessoas e estará perdendo tempo com um conteúdo frágil, dentro de seus conteúdos quando estiver escrevendo não pode colocar nada que seja fora do contesto como imoralidade, drogas, violência, sobre produtos alcoólicos e tudo o que faz mal para a saúde e é contra lei. Neste caso você tem que começar a falar mais sobre dicas de assuntos que sejam relevantes e legais para os usuários eles querem ver novidades todos os dias, se você ficar focado em postar poucos assuntos vai encontrar bastante dificuldade em se relacionar com seus usuários, quando ele ver assuntos interessantes com certeza vai sentir vontade de voltar mais vezes para acessar suas páginas já se os teus assuntos não forem bons provavelmente vai ser difícil alguém se interessar.
Na hora de escrever um artigo procure pelos assuntos através da barra de buscado Google, lá você digita um assunto e aperta a tecla espaço em seguida ao nome que você digitou vão aparecer muitas sugestões e se você colocar na próxima e der espaço vão aparecer outras e assim por diante, isso pode se tornar um bom título que também vai se tornar “tag” mais tarde para ser usada. Seus textos não podem ser qualquer coisa é preciso informar o usuário corretamente sobre o que ele veio procurar em seu site, se não for assim à pena não é perder mais um visitante e sim o Google notar que seu site não está oferecendo o conteúdo que o titulo indica e assim dar preferências a outros sites na sua frente nas buscas. Sempre tenha certeza das coisas que vai dizer não invente assunto porque com uma breve pesquisa a pessoa pode descobrir que tudo o que disse não passa de mentiras, avalie bem suas palavras e seus assuntos serão bem vistos e não se esqueça de atualizar seu site todos os dias.
 Fonte: Bloggers...

Cientistas conseguem reproduzir imagens armazenadas no cérebro


Cientistas utilizaram um scanner e um computador para decodificar e reconstruir imagens de um filme assistido previamente por três indivíduos, em um procedimento que poderá, no futuro, ajudar pessoas com dificuldades de comunicação. O estudo foi publicado na revista americana Current Biology nesta quinta-feira.

Até o momento, a técnica que combina imagens por ressonância magnética (IRM) e padrões informáticos pôde apenas reconstituir extratos dos filmes assistidos pelos voluntários da experiência, mas o método abre caminho para uma tecnologia capaz de ler imagens no cérebro - como sonhos ou "filmes" da memória -, destacaram os cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley.

"É um passo importante para a reconstrução de imagens no cérebro", disse o professor Jack Gallant, neurologista da Universidade e um dos autores do estudo. "Abrimos uma janela aos "filmes" projetados em nossa mente".

No futuro, esta tecnologia poderá permitir uma melhor compreensão do que se passa na mente das vítimas de ataques cerebrais, de pessoas em coma ou de vítimas de doenças neurodegenerativas incapazes de se comunicar. Também poderá facilitar a criação de uma máquina capaz de se comunicar diretamente com o cérebro, permitindo a pessoas sem capacidade motora comandar instrumentos apenas com a mente, segundo o professor Gallant.

Fonte: Terra

O Estudo Teórico da Morte.

                                               
Desde os primórdios da Civilização, a morte é considerada um aspecto que fascina e, ao mesmo tempo, aterroriza a Humanidade. A morte e os supostos eventos que a sucedem são, historicamente, fonte de inspiração para doutrinas filosóficas e religiosas, bem como uma inesgotável fonte de temores, angústias e ansiedades para os seres humanos. 
O interesse pelo tema da morte teve início com a leitura de algumas reportagens do LELU (Laboratório de Estudos e Intervenção sobre o Luto). O contato com estas reportagens, e a análise da morte como fenômeno psíquico, foram o ponto de partida deste trabalho. As matérias vieram de encontro aos anseios naturais sobre a morte e mostraram que, apesar da dimensão etérea que a morte toma em nível psíquico, existem profissionais e entidades empenhadas em estudá-la de forma científica, usando uma metodologia essencialmente psicológica. 

Em função do contato inicial com o material do LELU e do interesse por ele despertado, a busca de outras pesquisas já realizados no mesmo campo foi um impulso natural, e acabou formando a base teórica que sustenta este trabalho. 

A morte como fenômeno físico já foi exaustivamente estudada e continua sendo objeto de pesquisas, porém permanece um mistério impenetrável quando nos aventuramos no terreno do psiquismo. 

Falar sobre morte, ao mesmo tempo que ajuda a elaborar a idéia da finitude humana, provoca um certo desconforto, pois damos de cara com essa mesma finitude, o inevitável, a certeza de que um dia a vida chega ao fim. 

A certeza humana da morte aciona uma série de mecanismos psicológicos. E são esses mecanismos que instigam a nossa curiosidade científica. Em outras palavras, o foco de interesse seria como o homem lida com a morte; seus medos, suas angústias, suas defesas, suas atitudes diante da morte. 

O objetivo da presente pesquisa é o aprofundamento teórico da questão da morte, enfocando a maneira pela qual o homem lida com este fenômeno humano inevitável, percebendo os mecanismos psicológicos que entram em ação quando o homem se encontra diante da morte. 

O tema da morte não é de forma alguma uma discussão atual. Foram muitos os filósofos, historiadores, sociólogos, biólogos, antropólogos e psicólogos a discutir o assunto no decorrer da História. Isto porque a morte não faz parte de uma categoria específica; é uma questão que atravessa a história, é sobretudo uma questão essencialmente humana. 

Dentro dos vários enfoques teóricos que possibilitam a reflexão sobre a morte, um deles nos interessa em especial: o enfoque psicanalítico. Foi esse enfoque que deu corpo às nossas indagações sobre a morte, seja através da análise pessoal, seja através da teoria propriamente dita. 

A concepção que se tem sobre a morte e a atitude do homem diante dela, tende a se alterar de acordo com o contexto histórico e cultural. Sem dúvida o advento do capitalismo e seus tempos de crise, fez surgir uma nova visão sobre a morte, que segundo Torres, (1983), tem a ver com o surgimento do capital como força principal de produção. Neste sentido, o vivo pode tudo e o morto não pode nada, já que teve sua vida produtiva interrompida. 

Diante desta crise, na qual os homens encontram-se completamente abandonados e despreparados, vemos este aprofundamento teórico como uma forma de dimensionar a morte, contribuindo para sua melhor compreensão e elaboração, instrumentalizando sobretudo, os profissionais da área de saúde, que trabalham lado a lado com este tema. 

Este trabalho encontra-se estruturado em três partes principais. A primeira busca analisar o impacto da morte na sociedade através do tempo, mostrando como diferentes povos em diferentes épocas, lidavam com essa questão. A segunda parte fala sobre os sentimentos ambíguos gerados em nós, seres humanos, quando somos obrigados a encarar a nossa própria morte, bem como a morte do outro. A terceira e última parte fala do luto, em seus diversos contextos. 

DADOS HISTÓRICOS 

Possuímos uma herança cultural sobre a morte que define nossa visão de morte nos dias atuais. Segundo Kastenbaum e Aisenberg (1983), as interpretações atuais sobre a morte constituem parte da herança que as gerações anteriores, as antigas culturas nos legaram. 

Faremos então, um pequeno passeio pela história para que possamos entender como foi construída a idéia da morte encontrada nos dias de hoje. 

Arqueólogos e antropólogos, através de seus estudos, descobriram que o homem de Neanderthal já se preocupava com seus mortos: 

“Não somente o homem de Neanderthal enterra seus mortos, mas às vezes os reúne (gruta das crianças, perto de Menton).” Morin (1997) 

Ainda segundo Morin (1997) na pré-história, os mortos dos povos musterenses eram cobertos por pedras, principalmente sobre o rosto e a cabeça, tanto para proteger o cadáver dos animais, quanto para evitar que retornassem ao mundo dos vivos. Mais tarde, eram depositados alimentos e as armas do morto sobre a sepultura de pedras e o esqueleto era pintado com uma substância vermelha. 

“O não abandono dos mortos implica a sobrevivência deles. Não existe relato de praticamente nenhum grupo arcaico que abandone seus mortos ou que os abandone sem ritos.” Morin (1997) 

Ainda hoje, nos planaltos de Madagascar, durante toda a vida, os kiboris constróem uma casa de alvenaria, lugar onde seu corpo permanecerá após a morte. 

Segundo Kastenbaum e Aisenberg (1983), os egípcios da Antigüidade, em sua sociedade bastante desenvolvida do ponto de vista intelectual e tecnológico, consideravam a morte como uma ocorrência dentro da esfera de ação. Eles possuíam um sistema que tinha como objetivo, ensinar cada indivíduo a pensar, sentir e agir em relação à morte. 

Os autores seguem dizendo que os malaios, por viverem em um sistema comunitário intenso, apreciavam a morte de um componente, como uma perda do próprio grupo. Desta feita, um trabalho de lamentação coletiva diante da morte era necessário aos sobreviventes. Ademais, a morte era tida não como um evento súbito, mas sim como um processo a ser vivido por toda a comunidade. 

Segundo Áries (1977), na Vulgata, o livro da Sabedoria, após a morte, o justo irá para o Paraíso. As versões nórdicas do livro da Sabedoria rejeitaram a idéia de Paraíso descritas no livro original pois, segundo os tradutores, os nórdicos não esperam as mesmas delícias que os orientais, após a morte. Isso porque os orientais descrevem que o Paraíso tem “a frescura da sombra”, enquanto os nórdicos preferem “o calor do sol”. Estas curiosidades nos mostram como o ser humano deseja, ao menos após a morte, obter o conforto que não conseguiu em vida. 

Já o budismo, através da sua mitologia, busca afirmar a inevitabilidade da morte. A doutrina budista nos conta a “Parábola do Grão de Mostarda”: uma mulher com o filho morto nos braços, procura Buda e suplica que o faça reviver. Buda pede à mulher que consiga alguns grãos de mostarda para fazê-lo reviver. No entanto, a mulher deveria conseguir estes grãos em uma casa onde nunca houvesse ocorrido a morte de alguém. Obviamente esta casa não foi encontrada e a mulher compreendeu que teria que contar sempre com a morte. 

Na mitologia hindu, a morte é encarada como uma válvula de escape para o controle demográfico. Quando a “Mãe-Terra”, torna-se sobrecarregada de pessoas vivas, ela apela ao deus Brahma que envia, então, a “mulher de vermelho” (que representa a morte na mitologia ocidental) para levar pessoas, aliviando assim, os recursos naturais e a sobrecarga populacional da “Mãe-Terra”. 

Segundo Mircea Elíade (1987) os fino-úgricos (povos da região da Península de Kola e da Sibéria Ocidental), têm sua religiosidade profundamente vinculada ao xamanismo. Os mortos destes povos eram enterrados em covas familiares, onde os que morreram há mais tempo, recebiam os “recém mortos”. Assim, as famílias eram constituídas tanto pelos vivos quanto pelos mortos. 

Esses exemplos nos trazem uma idéia de continuidade em relação à morte, não sendo a mesma, considerada como um fim em si. Havia uma certa tentativa de controle mágico sobre a morte, o que facilitava sua integração psicológica, não havendo portanto, uma cisão abrupta entre vida e morte. Isso sem dúvida aproximava o homem da morte com menos terror. 

Apesar da familiaridade com a morte, os Antigos de Constantinopla mantinham os cemitérios afastados das cidades e das vilas. Os cultos e honrarias que prestavam aos mortos, tinham como objetivo mante-los afastados, de modo que não “voltassem” para perturbar os vivos. 

Por outro lado, na Idade Média, os cemitérios cristãos localizavam-se no interior e ao redor das igrejas e a palavra cemitério significava também “lugar onde se deixa de enterrar”. Daí, eram tão comuns as valas cheias de ossadas sobrepostas e expostas ao redor das igrejas. 

A Idade Média foi um momento de crise social intensa, que acabou por marcar uma mudança radical na maneira do homem lidar com a morte. Kastenbaum e Aisenberg (1983) nos relatam que a sociedade do século catorze foi assolada pela peste, pela fome, pelas cruzadas, pela inquisição; uma série de eventos provocadores da morte em massa. A total falta de controle sobre os eventos sociais, teve seu reflexo também na morte, que não podia mais ser controlada magicamente como em tempos anteriores. Ao contrário, a morte passou a viver lado a lado com o homem como uma constante ameaça a perseguir e pegar a todos de surpresa. 

Esse descontrole, traz à consciência do homem desta época, o temor da morte. A partir daí, uma série de conteúdos negativos começam a ser associados à morte: conteúdos perversos, macabros, bem como torturas e flagelos passam a se relacionar com a morte, provocando um total estranhamento do homem diante deste evento tão perturbador. A morte se personifica como forma do homem tentar entender com quem está lidando, e uma série de imagens artísticas se consagram como verdadeiros símbolos da morte, atravessando o tempo até os dias de hoje. 

Kübler-Ross (1997) descreve que são cada vez mais intensas e velozes as mudanças sociais, expressas pelos avanços tecnológicos. O homem tem se tornado cada vez mais individualista, preocupando-se menos com os problemas da comunidade. Essas mudanças tem seu impacto na maneira com a qual o homem lida com há morte nos dias atuais. 

O homem da atualidade convive com a idéia de que uma bomba pode cair do céu a qualquer momento. Não é de se surpreender portanto que o homem, diante de tanto descontrole sobre a vida, tente se defender psiquicamente, de forma cada vez mais intensa contra a morte. "Diminuindo a cada dia sua capacidade de defesa física, atuam de várias maneiras suas defesas psicológicas" Kübler-Ross (1997) 

Ao mesmo tempo, essas atrocidades seriam, segundo ponto de vista de Mannoni, (1995), verdadeiras pulsões de destruição; a dimensão visível da pulsão de morte. 

Mannoni (1995), citando Áries, conta que a morte revelou sua correlação com a vida em diversos momentos históricos. As pessoas podiam escolher onde iriam morrer; longe ou perto de tais pessoas, em seu lugar de origem; deixando mensagens a seus descendentes. 

A possibilidade de escolha deu lugar a uma crescente perda da dignidade ao morrer, como nos afirma Kübler-Ross (1997): "...já vão longe os dias em que era permitido a um homem morrer em paz e dignamente em seu próprio lar." 

Para Mannoni, nos dias atuais, 70% dos pacientes morrem nos hospitais, enquanto no século passado, 90% morriam em casa, perto de seus familiares. Isto ocorre porque, nas sociedades ocidentais o moribundo é, geralmente, afastado de seu círculo familiar. 

“O médico não aceita que seu paciente morra e, se entrar no campo em que se confessa a impotência médica, a tentação de chamar a ambulância (para se livrar do “caso”) virá antes da idéia de acompanhar o paciente em sua casa, até o fim da vida.” Mannoni (1995) 

A morte natural deu lugar à morte monitorada e às tentativas de reanimação. Muitas vezes, o paciente nem é consultado quanto ao que deseja que se tente para aliviá-lo. A medicalização da morte e os cuidados paliativos, não raro, servem apenas para prolongar o sofrimento do paciente e de sua família. É muito importante que as equipes médicas aprendam a distinguir cuidados paliativos e conforto ao paciente que está morrendo, de um simples prolongamento da vida. 

Outro aspecto comportamental do ser humano em relação à morte é que antigamente, preferia-se morrer lentamente, perto da família, onde o moribundo tinha a oportunidade de se despedir. Atualmente, não é raro se ouvir dizer que é preferível uma morte instantânea, que o longo sofrimento causado por uma doença. 

Entretanto, segundo Kovács (1997) contrariando o senso comum, o tempo da doença, justamente ajuda a assimilar a idéia de morte, e a conseguir tomar decisões concretas, como a adoção dos filhos ou a resolução de desentendimentos. 

Segundo Bromberg (1994) nossa cultura não incorpora a morte como parte da vida, mas sim como castigo ou punição. 

O HOMEM DIANTE DA PRÓPRIA MORTE / O HOMEM DIANTE DA MORTE DO OUTRO 

Desde muito cedo, ainda bebês, quando passamos a distinguir nosso próprio corpo do corpo da mãe, somos obrigados a aprender a nos separar de quem ou daquilo que amamos. A princípio, convivemos com separações temporárias, como por exemplo, a mudança de escola. Mas chega uma hora, que acontece a nossa primeira perda definitiva: alguém que nos é muito querido, um dia, se vai para sempre. É justamente esse “para sempre” que mais nos incomoda. 

Porém, quanto mais conscientes estivermos de nossas mortes diárias, mais nos preparamos para o momento da grande perda de tudo que colecionamos e nutrimos durante a vida: desde toda a bagagem intelectual, todos os relacionamentos afetivos, até o corpo físico. 

Com o distanciamento cada vez maior do homem em relação à morte, cria-se um tabu, como se fosse desaconselhável ou até mesmo proibido falar sobre este tema. 

Segundo Bromberg (1994) “como aprendemos em nossa cultura, evitamos a dor, evitamos a perda e fugimos da morte, ou pensamos fugir dela...” 

Esse quadro atual nos revela a dimensão da cisão que o homem tem feito entre vida e morte, tentando se afastar ao máximo da idéia da morte, considerando sempre que é o outro que vai morrer e não ele. Nos lançamos então à questão da angústia e do medo em relação à morte. 

Uma das limitações básicas do homem é a limitação do tempo. Segundo Torres (1983): "...o tempo gera angústia, pois do ponto de vista temporal, o grande limitador chama-se morte..." 

A Psicanálise Existencial, apontada por Torres (1983) revela a dimensão da angústia da morte: "A angústia mesma nos revela que a morte e o nada se opõe à tendência mais profunda e mais inevitável do nosso ser", que seria a afirmação do si mesmo. 

Mannoni (1995) busca em Freud, palavras que falem da angústia do homem diante da morte: "... Freud a situa ou na reação a uma ameaça exterior, ou como na melancolia, ao desenrolar de um processo interno. Trata-se sempre, porém, de um processo que se passa entre o eu e a severidade do supereu." 

Segundo Kastenbaum e Aisenberg (1983) o ser humano lida com duas concepções em relação à morte: a morte do outro, da qual todos nós temos consciência, embora esteja relacionada ao medo do abandono; e a concepção da própria morte, a consciência da finitude, na qual evitamos pensar pois, para isto, temos que encarar o desconhecido. 

É a angústia gerada ao entrar em contato com a fatalidade da morte, que faz com que o ser humano mobilize-se a vencê-la, acionando para este fim, diversos mecanismos de defesa, expressos através de fantasias inconscientes sobre a morte. Muito comum é a fantasia de existir vida após a morte; de existir um mundo paradisíaco, regado pelo princípio do prazer e onde não existe sofrimento; de existir a possibilidade de volta ao útero materno, uma espécie de parto ao contrário, onde não existem desejos e necessidades. Ao contrário dessas fantasias prazerosas, existem aquelas que provocam temor. O indivíduo pode relacionar a morte com o inferno. São fantasias persecutórias que têm a ver com sentimentos de culpa e remorso. Além disso, existem identificações projetivas com figuras diabólicas, relacionando a morte com um ser aterrorizante, com face de caveira, interligado a pavores de aniquilamento, desintegração e dissolução. 

O homem é o único animal que tem consciência de sua própria morte. Segundo Kovács (1998): "O medo é a resposta mais comum diante da morte. O medo de morrer é universal e atinge todos os seres humanos, independente da idade, sexo, nível sócio-econômico e credo religioso." 

Para a Psicanálise Existencial enunciada por Torres, (1983): "... o medo da morte é o medo básico e ao mesmo tempo fonte de todas as nossas realizações: tudo aquilo que fazemos é para transcender a morte.”

Complementa esse pensamento afirmando que "todas as etapas do desenvolvimento são na verdade formas de protesto universal contra o acidente da morte." 

Segundo Freud (1917) "ninguém crê em sua própria morte. Inconscientemente, estamos convencidos de nossa própria imortalidade. “Nosso hábito é dar ênfase à causação fortuita da morte – acidente, doença, idade avançada; desta forma, traímos um esforço para reduzir a morte de uma necessidade para um fato fortuito.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Epilepsia-sintomas-e-tratamento.


O cérebro humano contém bilhões de neurônios que têm a função de se comunicar e exercem funções importantíssimas em nosso organismo através dos constantes estímulos ou impulsos elétricos gerados. O termo deriva de uma palavra grega que possui a seguinte tradução: mal súbito. Por isso, uma crise epilética é um problema neurológico passageiro que é ocasionado pela atividade anormal dos neurônios do cérebro. As crises epiléticas surgem quando há um distúrbio na geração dos estímulos dos impulsos nervosos cerebrais que normalmente são causadas por uma temporária atividade elétrica desorganizada, repetida ou excessiva para o organismo.
Neurologista segurando crânioDiagnóstico: Estima-se que cerca de 1% da população tenha a doença epilepsia. A epilepsia possui uma série de causas, mas cerca de 70% dos pacientes possuem uma epilepsia denominada idiopática, ou seja, de causa desconhecida e somente 30% dos casos têm a causa detectada. Entretanto, é preciso que o médico investigue todos os exames de maneira adequada para encontrar o fator que desencadeou a doença. É importante ressaltar que não há cura para a epilepsia, entretanto, o tratamento com neurologistas, diagnóstico bem feito e o tratamento com os medicamentos corretos, podem amenizar, reduzir e controlar as crises e em alguns pacientes os sintomas podem desaparecer. A confirmação da doença é feita apenas para pacientes que apresentam mais de um episódio de crises convulsivas tanto parciais como generalizadas e quando não é identificada nenhuma causa como drogas, alterações metabólicas ou febre alta.
Imagem de epilepsiaSintomas e tratamento: Epilético é aquele paciente que apresenta uma alteração cerebral que acaba predispondo-o a desenvolver periodicamente crises convulsivas, mas que não agridam o cérebro para serem desencadeadas. Por isso, nem toda crise convulsiva pode causar por um quadro de epilepsia. As principais doenças ou alterações que podem desencadear uma crise convulsiva, mas que não podem ser caracterizadas como um quadro de epilepsia são: hipoglicemia, febre alta, uso de drogas, meningite, desidratação grave, traumas, falta de oxigênio, alterações hidroeletrolíticas e insuficiência renal avançada.
Na maioria das vezes, as crises epiléticas são vistas como um sintoma de alguma doença cerebral ou orgânica que aconteceu por causa de um diagnóstico que o organismo não se adaptou. Geralmente a doença de epilepsia existe em pessoas com histórico familiar.

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